Piton comemora o primeiro gol do Vasco — Foto: Leandro Amorim/Vasco
GERADO EM: 11/07/2024 - 02:24
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Por mais que dentro de campo e nos vestiários a ideia seja afastar tabus ou marcas negativas visando à concentração nas partidas,são questões que importam muito para a torcida. Nesta quarta-feira,foi um detalhe que deu ainda mais significado para a grande vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o Corinthians,que encerrou um período de 14 anos sem que o cruz-maltino conseguisse vencer o rival paulista. Mais uma demonstração de força de um Vasco com outra personalidade neste Brasileirão.
No décimo jogo (somando as duas passagens como interino) de Rafael Paiva,o cruz-maltino chegou à terceira vitória consecutiva no campeonato,alcançou os 20 pontos e pegou o elevador para a 10ª posição. Agora,está muito mais perto da zona de classificação à Libertadores (6 pontos) do que da zona de rebaixamento (8).
— A gente tinha como primeiro objetivo sair do Z4 e ficar o mais longe possível. Agora,estamos subindo na tabela. Tem que ter regularidade para buscar a primeira página,estar entre os dez. Acho que nossa equipe é boa para isso. Temos que brigar para ficar lá em cima,buscar Sul-Americana e quem sabe,Libertadores. Primeiro temos que chegar na primeira página e se possível vamos brigando mais em cima. O mais importante é ficar longe do Z4,ganhar esses confrontos diretos e manter a regularidade. Se a gente conseguir,acho que vamos buscando a partir daí — resumiu Rafael Paiva.
Em São Januário lotado,que vivia uma "febre" com o retorno de Philippe Coutinho,anunciado pela manhã,o time do Vasco entrou em campo modificado. Praxedes entrou na vaga que costuma ser de JP. Contestado,o volante imprimiu dinâmica e acabou aplaudido pela torcida.
Como é frequente em confrontos entre Vasco e Corinthians,o jogo começou nervoso. As duas equipes exploravam erros para assustar. Mas logo o cruz-maltino mostraria por que tem conquistado resultados expressivos nas últimas rodadas. Do meio-campo,setor de destaque neste trabalho de Paiva,saiu o gol de Lucas Piton,que acionou a "lei do ex" na Colina,numa jogada que tem virado sua característica: a entrada em diagonal e o chute cruzado. Desta vez,após lindo lançamento de Hugo Moura.
Sforza comemora o golaço de falta que marcou — Foto: Matheus Lima/Vasco
Das últimas vitórias que conquistou,a partida foi a que o cruz-maltino teve menos facilidade para controlar. O Corinthians,que tinha o novo técnico Ramón Díaz,ex-Vasco,assistindo de um dos camarotes,tentava se desvencilhar da situação complicada que vive e se lançava à frente com intensidade e ímpeto. Mas não conseguiu transformar isso em gols e oportunidades mais claras que a cobrança de falta de Igor Coronado,bem defendida por Léo Jardim,ainda no primeiro tempo.
Rodada a rodada,o Vasco vai mostrando que tem acumulado armas e soluções para jogos difíceis. Desta vez,apresentou uma inédita: Sforza bateu falta no ângulo de Matheus Donelli,já nos acréscimos,e deu números finais à partida.
Sob o som de "A Barreira vai virar baile",de Mc Darlan,música que exalta a volta de Philippe Coutinho,São Januário viveu noite perfeita desta última quarta-feira: viu um de seus "crias" mais queridos voltar ao clube pela manhã e um tabu que incomodava muito ser enterrado de vez pela noite. Agora,a semana fica livre e tranquila para o elenco trabalhar e para a torcida fazer a festa na apresentação do novo camisa 11,marcada para sábado.