O produto interno bruto (PIB) da região administrativa especial chinesa atingiu 204,3 mil milhões de patacas (22,8 mil milhões de euros) entre janeiro e junho,adiantou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
A economia de Macau tinha voltado a crescer em 2023,com o PIB a subir 80,5%,graças ao fim da política 'zero covid' e a retoma do turismo,invertendo uma contração de 21,4% em 2022.
A China levantou em 06 de fevereiro de 2023 todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau,permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades.
Em resultado,o benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 39,9% em termos anuais na primeira metade de 2024,enquanto dos outros serviços turísticos subiu 2,8%,sublinhou a DSEC,em comunicado.
Macau recebeu no primeiro semestre mais de 16,7 milhões de visitantes,mais 43,6% do que no mesmo período do ano passado,enquanto as receitas do jogo cresceram 41,9%,para 113,8 mil milhões de patacas (12,7 mil milhões de euros).
A DSEC destacou ainda um aumento de 2,8% na procura interna,em parte devido a uma subida de 9,8% no investimento privado,incluindo acréscimos de 29,8% no investimento em equipamento e de 14,7% do investimento em construção.
O comunicado apontou para "o crescimento contínuo dos investimentos em construção de edifícios habitacionais,para além do reforço constante dos investimentos em empreendimentos de grande envergadura" por parte das operadoras de casinos.
O consumo privado aumentou 7,"devido à subida das receitas dos residentes,a qual foi impulsionada pela recuperação contínua da economia local e do mercado de trabalho",referiu a DSEC.
Pelo contrário,as despesas do Governo caíram 14%,após o fim das medidas de apoio económico,que incluíram dar oito mil patacas (917 euros) a cada residente,montante que podia ser usado para efetuar pagamentos,sobretudo no comércio local.
Também o investimento público em construção diminuiu 10,devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura,acrescentou o comunicado.
A DSEC destacou que a economia de Macau representou 86,2% do PIB registado na primeira metade de 2019,antes do início da pandemia.
Macau,com cerca de 687 mil habitantes,tinha no ano passado o décimo PIB per capita mais elevado do mundo,de acordo com dados compilados pelo Fundo Monetário Internacional.
Em 08 de março,a agência de notação financeira Fitch Ratings previu que a economia do território cresça 15% este ano.
Um dia antes,o Fundo Monetário Internacional tinha previsto um crescimento de 13,9% este ano e um regresso,em 2025,aos níveis anteriores à pandemia.