Ser orientado por um profissional é importante para a prática física adequada — Foto: Pixabay
GERADO EM: 28/08/2024 - 04:31
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O Brasil,hoje,é o um dos poucos lugares do mundo onde a profissão de professor de Educação Física é regulamentada,o que garante uma série de benefícios e seguranças a ele e ao aluno. Afinal de contas,a boa orientação faz toda a diferença.
Na contramão,muitos outros países estão apostando em formas diferentes de envolver os alunos nas atividades. Em alguns lugares que visitei este ano,pela Europa,Coreia e Estados Unidos,encontrei salas de spinning,por exemplo,com professores virtuais. Na Finlândia,em Helsinque,funciona assim: você seleciona a aula que quer e o professor virtual,que já deixou todas as aulas gravadas,te acompanha através de uma tela ou da TV e dá os comandos. A ideia é que em qualquer horário tenha um professor disponível,tornando assim a atividade física mais acessível para a população.
Nos Estados Unidos,há muito tempo o professor de sala na musculação não existe,e caso você queira um acompanhamento melhor,terá que contratar um personal trainer,com um valor à parte. Até por isso as academias nos Estados Unidos têm mensalidades mais em conta... Aulas de ioga e alongamento também funcionam com professor virtual. E dependendo do nível de consciência corporal e condicionamento,pode ser bem vantajoso. Sobretudo financeiramente.
Recentemente no Brasil,houve um grande aumento das academias de baixo custo,que oferecem ótimos equipamentos,mas poucos professores de sala,tentando se aproximar do modelo americano. De fato,foi uma porta aberta para muitas pessoas que não tinham acesso às academias mais bem equipadas,o que pode ajudar o brasileiro a ter uma atividade física mais regular. Também é importante entender que atividade física não significa necessariamente frequentar uma academia.
Claro,que para tudo na vida sempre tem o lado bom e o ruim. Existe uma praticidade nessa nova maneira de fazer aula,como a flexibilidade de horário,poder escolher o nível de dificuldade e o tempo que quer ter em cada aula etc. Sem falar que o custo para o aluno é bem menor.
Por outro lado,a aula presencial é muito vantajosa em outros aspectos. O professor pode ajudar na execução dos movimentos,perceber se o aluno estiver precisando de algum suporte. Se por acaso se sentir mal,ele está ali para ajudar. O professor também é excelente para organizar a agenda dos treinos,dando estímulos sortidos que garantem a melhora no desempenho e evitam estresse muscular,overtraining,e outros desconfortos.
O fato é que o custo de vida só faz aumentar,no Brasil e no mundo,e está cada dia mais caro contratar os serviços que precisam de profissionais,e com “máquinas” esse valor fica mais razoável. É preciso considerar que a quantidade de pessoas sedentárias tem aumentado em quase todo mundo. No Brasil,somente cerca de 30% da população consegue manter a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 150 minutos de atividade física na semana.
É importante considerar que o celular virou banco,chave,computador e muito mais,inclusive pode ser um “professor” de algumas modalidades de atividade física. Tudo muito prático e na palma da mão. Existem aplicativos de qualquer modalidade e por valores bem acessíveis.
Por isso,eu digo que não sou contra nem a favor. Afinal é a evolução que o mundo contemporâneo tem passado. Vejo lados positivos nas duas formas de se ter acesso ao treino. E completo dizendo que tudo depende muito do objetivo que cada um tem com seu treino,sua atividade física,seu esporte e conhecimento técnico da modalidade. E para cada situação,a melhor opção será escolher aquela que é possível fazer,e claro,com regularidade! Lembrando que a boa orientação faz toda a diferença e somente um professor de Educação Física está habilitado para programar e orientar os treinos e atividades físicas.