Segundo os resultados dos "Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores",o indicador de confiança dos consumidores "diminuiu em agosto,após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022 na sequência dos aumentos observados desde dezembro".
Já o indicador de clima económico,baseado em inquéritos às empresas,"estabilizou em agosto,tendo diminuído nos dois meses precedentes".
No mês em análise,os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora,"de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio,tendo diminuído nos serviços".
De acordo com o INE,a evolução do indicador de confiança dos consumidores em agosto resultou do contributo negativo das expectativas da realização de compras importantes,da situação económica do país e da evolução futura da situação financeira do agregado familiar.
Em sentido contrário,as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.
O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país diminuiu em agosto,suspendendo a trajetória positiva observada desde novembro de 2022 e após ter atingido em junho o valor máximo desde fevereiro de 2022.
Quanto ao saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar,"também diminuiu em agosto,interrompendo o perfil ascendente iniciado em dezembro de 2023".
Por sua vez,o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços "diminuiu significativamente no último mês,após o ligeiro aumento verificado em julho",tendo o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentado em agosto,após ter diminuído nos dois meses anteriores,suspendendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro.
Na indústria transformadora,a confiança aumentou em agosto,após ter diminuído em julho,traduzindo o contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados,enquanto as perspetivas de produção contribuíram negativamente.
O indicador de confiança aumentou em todos os agrupamentos: bens de consumo,bens intermédios e bens de investimento.
Por seu turno,o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em agosto,tendo a evolução no último mês refletido o contributo positivo das perspetivas de emprego,uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas "diminuiu ligeiramente".
O INE detalha que o indicador de confiança aumentou nas divisões de promoção imobiliária e de construção de edifícios,e de atividades especializadas de construção,tendo diminuído na divisão de engenharia civil.
"O principal fator limitativo à atividade indicado pelas empresas continuou a ser a dificuldade em recrutar pessoal qualificado,verificando-se nos últimos cinco meses um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo,atingindo um novo máximo da série",nota.
Já no setor do comércio,o INE dá conta de que o indicador de confiança "aumentou em julho e agosto,apenas ligeiramente no último mês,após ter diminuído no mês precedente",traduzindo o contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa e das apreciações sobre o volume de 'stocks',tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente.
Em agosto,o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso e diminuiu no comércio a retalho.
Quanto aos serviços,viram o indicador de confiança diminuir em agosto,após ter aumentado no mês precedente.
Segundo o INE,a evolução do indicador resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa,tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído positivamente.
Os períodos de recolha de informação pelo instituto estatístico decorreram entre 01 e 19 de agosto no caso do inquérito aos consumidores,com 1.148 respostas obtidas por entrevista telefónica,e entre 01 a 23 de agosto no caso dos inquéritos às empresas.
[Notícia atualizada às 10h01]