"A Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas vem informar que,na passada quinta-feira,recebeu uma carta dirigida ao presidente do Conselho Fiscal,com a renúncia apresentada pelo administrador José Pedro Franco Brás Monteiro",lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O administrador cessa funções no final deste mês,mas a empresa adiantou que terá de encontrar um substituto "nos próximos dias".
Em 21 de junho,a Lisgráfica anunciou que o seu plano de insolvência e recuperação foi aprovado por 62,3% dos credores.
O plano de recuperação da Lisgráfica prevê o pagamento integral dos créditos laborais,dos créditos da Autoridade Tributária e da Segurança Social em planos prestacionais a contratar nos termos da lei,o perdão de 95% dos créditos comuns e um perdão de 100% dos créditos subordinados.
Posteriormente,pode ser decidida a conversão de créditos comuns "que resultem do referido perdão em capital".
O plano de recuperação da Lisgráfica de 2019 deixou de ser aplicável após a apresentação da empresa à insolvência e foram restaurados alguns créditos.
Assim,o "valor reclamado ronda os 70.000.000 euros,ao contrário do balanço da Lisgráfica que tinha um passivo registado de apenas 26.500.000 euros".
Segundo detalhou na altura a empresa,com a apresentação do plano de recuperação (que ainda poderia vir a ser alterado),previa-se um passivo inferior a 10 milhões de euros.