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Moody's prevê taxa média de inflação de 2,2% este ano em Portugal

2024-09-12     HaiPress

Num comentário divulgado hoje após a confirmação,pelo Instituto Nacional de Estatística (INE),de uma descida da taxa de inflação homóloga para 1,9% em agosto,menos 0,6 pontos percentuais do que em julho,a economista da Moody's Analytics Catarina Noro refere que este recuo "está alinhado" com as expectativas da agência "de continuação da tendência descendente" da evolução dos preços em Portugal.

 

Segundo nota,"esta descida foi atribuída principalmente a uma diminuição dos preços dos produtos energéticos,marcando a primeira descida homóloga desde o início do ano".

Até ao final do ano,a Moody's prevê "novas reduções da inflação para o resto do ano,impulsionadas por taxas decrescentes tanto na energia,como na inflação subjacente". Esta última exclui os preços mais voláteis,como os dos produtos alimentares não transformados e energéticos.

De acordo com Catariana Noro,"embora a inflação no setor dos serviços possa permanecer elevada,espera-se que seja compensada por uma taxa de inflação significativamente mais baixa nos bens,contribuindo para uma diminuição constante da taxa de inflação global".

"A nossa previsão para a taxa média de inflação deste ano situa-se em 2,2%",concretiza.

A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 1,ficando abaixo dos 2% pela primeira vez desde dezembro de 2023,confirmou hoje o INE.

"A variação homóloga do IPC [Índice de Preços no Consumidor] foi 1,9% em agosto de 2024,taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal,esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de agosto",referiu o INE.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,4%,idêntica à de julho,enquanto a variação do índice relativo aos produtos energéticos foi revista para -1,5% face aos -1,4% avançados na estimativa rápida (4,2% no mês precedente),"essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-2,5%) com o efeito de base associado ao aumento registado em agosto de 2023 (9,3%)".

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