Barão Vermelho no palco Sunset do Rock in Rio 2024 — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo
GERADO EM: 15/09/2024 - 18:18
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A banda Barão Vermelho — com Guto Goffi (bateria),Maurício Barros (teclados e vocais),Fernando Magalhães (guitarra,violão e vocais) e Rodrigo Suricato (voz,guitarra e violões) — levou ao Rock in Rio,neste domingo (15),uma poesia inédita de Cazuza,um dos integrantes da formação original do grupo. "Do tamanho da vida" é uma versão musicada do poema "As moças do Centro",revelado ao público em 2011,por meio do songbook atualmente esgotado "Preciso dizer que te amo: todas as letras do poeta",que reuniu todas as canções de Cazuza,entre as quais 78 inéditas.
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A obra aborda a rotina de prostitutas na cidade do Rio de Janeiro,como conta,ao GLOBO,Lucinha Araújo,mãe de Cazuza. Responsável pelo acervo do filho,ela concordou com os músicos do Barão Vermelho que o título da canção poderia ser alterado,para que o tema fosse apresentado poeticamente e de maneira menos direta — a letra,aliás,não possui um título originalmente (quem havia a nomeado como "As moças do Centro" foram Lucinha Araujo e o produtor Ezequiel Neves,durante o trabalho de publicação de "Preciso dizer que te amo: todas as letras do poeta").
— Ficou bonito,muito bonito — celebra Lucinha,ressaltando que novas letras inéditas do filho,apresentadas no recém-lançado livro "Meu lance é poesia",também devem ser musicadas em breve,desta vez por Frejat,outro ex-integrante do Barão Vermelho e o principal parceiro musical de Cazuza. — Vamos sentar para conversar com calma. Acho que essas inéditas merecem ser musicadas. Frejat entendia o Cazuza muito bem,e vice-versa. Os dois eram grandes amigos.
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Imagem de Cazuza criança,aos 4 anos,em 1962,na Praia de Ipanema,no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza em 1958,ano em que nasceu,em seu primeiro carnaval,no colo da mãe,em Vassouras,no interior do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza,aos 20 anos,em imagem de seu passaporte — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza diante de sua máquina de escrever,em casa,em fotografia de 1988 — Foto: Reprodução/Marcos Bonisson
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Cazuza e Lucinha Araujo,em 1978 — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza aos 20 anos com o pai — Foto: Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza,Ney Matogrosso e Ney de Souza Pereira — Foto: Antônio Nery
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Cazuza no hospital,em Boston,escrevendo poesia,em 1989 — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
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Cazuza aos 21 anos com sua Pentax: estudante de fotografia nos EUA,1979 — Foto: Reprodução/Acervo Lucinha Araujo
Publicações organizadas por Ramon Nunes Mello desvelam facetas múltiplas do cantor
De segunda a domingo
trabalhamos,amigo,servimos
de abrigo inventamos luz
Vendemos saúde que
Deus nos ajude se a vida é
promessa queremos "de luxe"
Gostamos de escuro sol ou
meia-luz
se a vida é pesada a
culpa é da cruz
Gostamos de curto gostamos
de comprido pra nós tanto faz
o tamanho da vida
Sem radicalismo nós
somos veneno
Eu quis fazer um mundo nosso um
tempo nosso pressentido numa troca
de olhares
mas você só quer os bares
o imprevisível dos lugares
perdidos sem mim
Quis dividir o nosso íntimo o teu
segredo mais ínfimo mas você só quer
o tango mas você só pensa num rango
na primeira esquina