Assaltante arranca anel da vítima com os dentes durante ação criminosa em Copacabana — Foto: Reprodução de vídeo
GERADO EM: 20/09/2024 - 04:30
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O Estado do Rio teve,em agosto,um aumento nos principais índices de roubo,segundo dados divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Dois números,os de roubos de veículo e de carga,dobraram na comparação com o mesmo mês do ano passado. No início de setembro,o governador Cláudio Castro exonerou o então secretário de Polícia Civil,Marcus Amim,justificando a decisão devido a um “aumento gigante da violência” no estado.
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Em agosto,foram registrados 2.835 roubos de veículo,média de quatro casos por hora. Em comparação a agosto de 2023,o índice subiu 98,5%. Outro aumento expressivo foi o de roubos de carga,que passaram de 154 em agosto do ano passado para 327 no mesmo mês deste ano: alta de 112%.
Na análise do acumulado de janeiro a agosto,os roubos de veículo tiveram alta de 23,3% em relação aos oito primeiros meses de 2023; já as ocorrências de roubo de carga tiveram redução de 24,4% no mesmo período.
Outros índices de roubo tiveram alta em agosto: de celular (28,5%) e de rua (11,1%) — este,um agregado dos roubos a pedestre,de celular e em ônibus.
Houve crescimento ainda nos furtos — quando o bem é levado pelos criminosos sem o uso de violência. Em agosto,foram 14.836 registros de todos os tipos de furto,alta de 4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os furtos de veículo tiveram alta de 7,6% no mês,enquanto os furtos de celular apresentaram queda de 4,1%.
Na contramão dos índices de roubo,os homicídios tiveram queda em agosto. Foram 225 vítimas,uma redução de 8,2% em relação ao ano passado. No acumulado do ano,foram 1.917 mortes,menor número desde o início da série histórica,em 1991. As mortes em confronto com a polícia também caíram no período de janeiro a agosto — foram 512 vítimas,redução de 25,8% em relação a 2023. Olhando apenas para o mês de agosto,porém,o índice teve alta de 81,1%,indo de 37 ocorrências no oitavo mês de 2023 para 67 este ano.
Um dado comemorado pelo governo foi o da apreensão de fuzis: 520 armas do tipo foram tiradas de circulação pela polícia este ano,o maior número desde que o índice passou a ser divulgado,em 2016.
— Essa marca histórica de apreensão de armas de guerra mostra muito bem o cenário em que nossas polícias atuam e o perigo a que estão expostos os moradores dos territórios onde criminosos travam guerras usando fuzis. Vamos continuar apreendendo esse armamento,mas é necessária a colaboração das forças federais,pois não há produção de fuzis no Rio de Janeiro — ressaltou Cláudio Castro.
Na madrugada de segunda-feira (16),uma câmera de segurança registrou o momento em que um casal foi abordado por criminosos de motocicleta enquanto caminhava pela Rua Miguel de Lemos,em Copacabana. No vídeo,divulgado nas redes sociais,um detalhe inusitado chama a atenção: após abordar a mulher com violência,um dos ladrões morde o dedo dela para conseguir retirar um anel. A Polícia Militar informou que não foi acionada para a ocorrência.
As imagens foram divulgadas pelo perfil do Instagram Zona Sul Urgente. Na gravação,é possível ver quando a dupla,de motocicleta,sobe a calçada e aborda o casal,apontando uma arma. O homem ainda tenta correr,mas o ladrão que está na garupa corre e consegue detê-lo e o agride com um soco no rosto. Enquanto isso,o outro assaltante dá coronhadas na cabeça da mulher e põe uma das mãos dela na boca para arrancar com uma mordida o que parece ser uma aliança.
Esta é a segunda vez,em menos de um mês,que um assaltante usa a boca para tirar o pertence de uma vítima. No final de agosto,por volta das 6h,criminosos roubaram dois carros em São Cristóvão,na Zona Norte. Durante a ação,um dos homens armados obrigou uma das vítimas,um professor de 49 anos,a colocar o dedo anelar na boca de outro assaltante para que sua aliança fosse retirada com uma mordida.