O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública disse esperar "milhares de trabalhadores" na manifestação nacional de sexta-feira e antecipa que os pré-avisos de greve emitidos tenham "um grande impacto" em diversos setores.
"Vamos ter milhares de trabalhadores em Lisboa",afirmou o coordenador da Frente Comum,em declarações à agência Lusa,acrescentando que espera uma elevada adesão de "diversos setores" do Estado.
Sebastião Santana indicou ainda que foram emitidos vários pré-avisos de greve "durante todo o dia" de sexta-feira,de modo a "permitir a deslocação de trabalhadores à manifestação".
Os setores mais afetados deverão ser a educação,a saúde e os serviços de atendimento ao público,nomeadamente os "serviços da Segurança Social e das finanças",precisou,em declarações à Lusa.
Em 27 de setembro,a Frente Comum anunciou uma manifestação nacional para 25 de outubro em Lisboa,que terá início às 15:00 horas na Praça do Marquês de Pombal,seguindo depois para a Assembleia da República,para exigir aumentos dos salários e pensões,a valorização das carreiras dos funcionários públicos e o reforço dos serviços públicos.
No caderno reivindicativo,a Frente Comum exige aumentos salariais de,pelo menos,15%,com um mínimo de 150 euros por trabalhador,a partir de janeiro de 2025.
Além disso,a Frente Comum,afeta à CGTP,exige também um aumento intercalar das remunerações,com o intuito de "repor o poder de compra perdido",e quer que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros,segundo o texto final da proposta reivindicativa para 2025,aprovado no final de setembro.
A proposta da Frente Comum prevê um aumento do salário mínimo na administração pública para 1.000 euros,a partir de janeiro.
Esta proposta de atualização salarial da Frente Comum é superior ao valor que o Governo propôs aos sindicatos da Administração Pública,que pressupõe que a base remuneratória da administração pública suba para 875 euros em 2025.