Os resultados líquidos ascenderam a 241 milhões de euros,mais 20% face aos primeiros nove meses de 2023,lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Até setembro,o volume de negócios da papeleira atingiu cerca de 1.569 milhões de euros,mais 7% face ao acumulado dos primeiros nove meses de 2023.
No período em análise,o resultado antes de impostos,juros,amortizações e depreciações (EBITDA) cresceu 15%,em comparação com o período homólogo,fixando-se em 431 milhões de euros.
Por sua vez,o endividamento líquido situou-se em 643 milhões de euros,quando em igual período do ano passado estava em perto de 550 milhões de euros.
A empresa justificou este acréscimo com a aquisição da Accrol,devido ao pagamento de 153 milhões de euros pelas ações e a consolidação da dívida adicional,com o nível de capex (investimento) de 151 milhões de euros e com a distribuição de 150 milhões de euros em dividendos.
Do montante total de investimentos,cerca de 81 milhões de euros são classificados como investimentos de cariz sustentável (ESG),ou seja,53% do total.
Em causa estão,maioritariamente,investimentos dirigidos a projetos ambientais e de descarbonização,manutenção da capacidade produtiva,modernização dos equipamentos e melhoria da eficiência,bem como a projetos estruturais e de segurança.
Só no terceiro trimestre,o lucro da Navigator ascendeu a 83 milhões de euros,o que se traduz num ganho de 30% relativamente ao período homólogo e num decréscimo de 13% face ao segundo trimestre do corrente ano.
"Após um primeiro semestre marcado pela rápida subida do indicador europeu de referência para o preço da pasta,verificou-se no terceiro trimestre uma correção forte de preços na China e consequente ajuste na Europa,ainda que mais moderado. Esta volatilidade do preço da pasta contrastou com a resiliência nos preços de referência do papel de impressão e escrita",apontou.
Na sessão de hoje da bolsa,as ações da Navigator caíram 0,88% para 3,59 euros.