Segundo avançou à agência Lusa fonte da transportadora,entre as 00h00 e as 12h00 de hoje a taxa de supressão foi de 12,7%,com 68 comboios suprimidos do total de 537 programados,tendo sido efetuados os restantes 469.
Nos urbanos de Lisboa,foram suprimidos 66 dos 246 comboios programados (percentagem de supressão de 26,8%),enquanto no longo curso e no regional não partiu um comboio em cada um dos serviços (entre 32 programados no primeiro caso e 137 no segundo,a que corresponderam taxas de supressão de 3,1% e 0,7%).
Já nos urbanos do Porto e de Coimbra não se registaram quaisquer supressões,de acordo com a CP.
Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP deram início na quinta-feira a uma greve que se prolonga até ao dia 03 de novembro,com a transportadora a antecipar perturbações na operação,sobretudo a 31 de outubro.
Numa nota publicada no seu 'site',a operadora ferroviária informou que,"por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI [Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante] entre os dias 24 de outubro [quinta-feira] e 03 de novembro de 2024",a empresa antecipa perturbações na operação.
A operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa,com especial impacto nas Linhas de Sintra,Azambuja e Sado.
Nos dias 28,29 e 30 de outubro,também de greve parcial,a CP prevê perturbações nos serviços Regional/InterRegional,Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto.
Já no dia 31 de outubro,quando a paralisação será total,durante 24 horas,preveem-se perturbações no Alfa Pendular,Intercidades,Regional/InterRegional,Urbanos e Internacional Celta.
Segundo um acórdão dos serviços mínimos publicado na página do Conselho Económico e Social (CES) na internet,no dia 31 de outubro,com "exceção dos comboios de longo curso,circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto,regionais e inter-regionais,entre as 06h00 horas e às 07h30 horas da manhã e as 18h30 horas e as 20h00 horas da tarde,nos exatos termos previstos antes da apresentação do pré-aviso".
No resto do período de greve,de paralisação parcial,o tribunal decretou apenas serviços mínimos necessários à segurança,manutenção,serviços de emergência e outros semelhantes.
"Nos restantes dias poderão ocorrer perturbações pontuais",nomeadamente nos serviços Urbanos de Lisboa e Intercidades entre o Algarve e Lisboa,disse ainda a CP.
Segundo fonte do SFRCI,que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP,estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o "incumprimento do acordo" que assinaram em julho do ano passado com a operadora.
O protesto "tem a ver com a remuneração",sendo que,segundo o sindicato,o acordo prevê passar um "prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base",algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.