O primeiro estudo do género,intitulado 'A Desigualdade de Carbono Mata',monitorizou as emissões de jatos privados,iates e investimentos poluentes,detalhando como os super-ricos alimentam a desigualdade,a fome e a morte em todo o mundo,e como as suas emissões descomunais estão a acelerar o colapso climático e a causar estragos em vidas e economias.
A pegada de carbono de um europeu super-rico,acumulada ao longo de quase uma semana de utilização de super-iates e jatos privados,corresponde à pegada de carbono vitalícia de uma pessoa do 1% mais pobre do mundo,onde se sofrem as consequências mais perigosas da crise climática.
"Os super-ricos da Europa estão a tratar o nosso planeta como o seu parque de diversão pessoal. Os seus investimentos sujos,os jatos privados e iates não são apenas símbolos de excesso,estão a alimentar a desigualdade,a fome e até a morte",afirmou a especialista da Oxfam Internacional,Chiara Putaturo,em comunicado divulgado.
Quase 40 por cento dos investimentos bilionários analisados no estudo referem-se a indústrias altamente poluentes,como petróleo,mineração,transporte marítimo e cimento.
As emissões totais de investimento de 36 dos multimilionários mais ricos da União Europeia são equivalentes às emissões anuais de mais de 4,5 milhões de europeus,conclui a organização.
Desse modo,Chiara Putaturo defende que os super-ricos devem pagar a conta da sua pegada de carbono,e não os europeus comuns,significando isto mais impostos sobre os super-ricos,como impostos sobre a riqueza,e impostos mais altos aplicados a superiates e jatos particulares.
A Oxfam Internacional,que conta atualmente com 21 organizações afiliadas,apresentou este relatório a duas semanas da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29) agendada de 11 a 22 de novembro em Baku,Azerbaijão.