Elenco do Botafogo se prepara para maratona final da temporada — Foto: Vítor Silva/Botafogo
GERADO EM: 19/11/2024 - 18:07
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O Botafogo se vê diante de um dilema que acompanhará o elenco em um período de 18 dias,no qual a equipe fará seis jogos que podem consagrar a temporada com os títulos da Libertadores e do Brasileirão. Hoje,às 21h30,pela 34ª rodada do torneio nacional,visita o Atlético-MG,mesmo adversário da final continental do dia 30. Ao mesmo tempo em que o departamento médico está oficialmente zerado,os jogadores convivem com uma maratona intensa,principalmente os que voltam da Data Fifa.
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Pela primeira vez,Artur Jorge tem todo o elenco à disposição. Júnior Santos está ganhando mais minutos e fez gol na vitória por 3 a 0 sobre o Vasco,pelo Brasileirão,Jeffinho voltou a ser relacionado após cinco meses; e até Rafael está treinando com bola,após sofrer fratura na patela do joelho esquerdo em abril.
Para dar os bons frutos que vêm aparecendo em campo,o esquema do treinador depende de um grupo na ponta dos cascos,pensando nas movimentações ofensivas e na recomposição defensiva. Não à toa,o maior momento de críticas que Artur sofreu foi entre julho e agosto,quando lesões assolavam o elenco e não havia respiro.
Naquele momento,o alvinegro foi eliminado pelo Bahia na Copa do Brasil e chegou a ter apenas uma vitória em uma sequência de seis jogos.
Este quadro foi revertido pelas contratações do meio de temporada e o investimento em estrutura — o principal símbolo foi a inauguração do Núcleo de Saúde e Performance no CT Lonier. Hoje,o Botafogo tem dois jogadores para cada posição e muitos até “sobram”,especialmente no ataque.
Mesmo que haja um esqueleto muito claro no atual time titular,a filosofia do treinador é a de mexer as peças nos treinos,para que ninguém fique confortável. Com a recuperação de todo o elenco,os jogadores se mostram cientes da constante disputa interna.
Barboza comemora gol do Botafogo diante do Peñarol — Foto: Vitor Silva/Botafogo FR
— Quando você está jogando e tem alguém “atrás” que vem brigando também,porque quer jogar,dá uma motivação — disse Alexander Barboza após a goleada de 5 a 0 sobre o Peñarol. — Não posso relaxar,porque sei que,se eu relaxo e tiro o pé do acelerador,posso perder meu lugar. Vou lutar para que isso não aconteça.
— É importante nós termos essa competitividade dentro do grupo,porque a temporada é longa e vamos precisar de todos até o final — afirmou Bastos no mesmo jogo.
O bom desempenho individual,porém,gerou outro efeito no meio da temporada: as convocações. Nesta Data Fifa,sete jogadores foram chamados por seus países: além de Bastos (Angola),o argentino Thiago Almada,o venezuelano Savarino,o paraguaio Gatito Fernández (único reserva) e o trio brasileiro Luiz Henrique,Igor Jesus e Alex Telles.
A crescente oneração do elenco do Botafogo em partidas de seleções alcançou seu ápice nesta última Data Fifa do ano. Com exceção de Bastos,que foi liberado mais cedo por Angola e estará a disposição para o jogo de hoje em Belo Horizonte,todos os outros tiveram compromissos ontem. O aperto do calendário da CBF “ofertará” menos de 24 horas de descanso para quem esteve em campo.
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Em períodos nos quais houve mais respiro até a volta da competição nacional,os jogadores conseguiram aliar trabalhos individuais com os feitos no ambiente do clube. Por exemplo,Igor Jesus e Almada contratam os serviços do gestor de performance Matheus Mendes,que explica o trabalho para evitar lesões e acelerar a recuperação.
— A maioria dos atletas de seleção tem o suporte de um estafe. Quando eles estão lá,nós monitoramos sempre,com contatos diários. Muitas vezes,ganham uma folga do clube quando voltam,e nós já começamos a trabalhar em casa. Conseguimos minimizar os desgastes e maximizar o processo individual de cada atleta — revela Mendes.
Sem soluções desta vez,o planejamento para o jogo de hoje é escalar apenas os titulares que tenham condições físicas adequadas. De qualquer forma,todos estarão em Belo Horizonte junto do restante do grupo,para dar início à parte final da maratona desta temporada.