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PF diz que trama golpista de Bolsonaro se dividiu em seis núcleos; veja os participantes

2024-11-27     HaiPress

O ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal (STF) — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 26/11/2024 - 19:20

Polícia Federal identifica trama golpista envolvendo Bolsonaro e militares

A Polícia Federal identificou seis núcleos na trama golpista envolvendo Bolsonaro e outros 36 participantes,incluindo militares. Relatório cita crimes como organização criminosa e tentativa de golpe. Documento revela plano de assassinatos e possível inelegibilidade de Bolsonaro. Investigação segue para análise da Procuradoria-Geral da República e pode tornar réus os envolvidos,com penas máximas de até 68 anos de prisão.

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O relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas cita a existência de seis núcleos na trama golpista e os participantes. De acordo com a PF,os crimes praticados foram organização criminosa,tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição do estado democrático de direito.

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Veja a lista

1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.

Integrantes:

Mauro Cesar Barbosa Cid Anderson TorresAngelo Martins DenicoliFernando CerimedoEder Lindsay Magalhães BalbinoHélio Ferreira LimaGuilherme Marques AlmeidaSergio Ricardo Cavaliere de Medeiros Tércio Arnaud Tomaz

2. Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado.

Integrantes:

Walter Souza Braga NettoPaulo Renato de Oliveira Figueiredo FilhoAilton Gonçalves Moraes BarrosBernardo Romão Correa NetoMauro Cesar Barbosa Cid

3. Núcleo Jurídico.

Integrantes:

Filipe Garcia Martins PereiraAnderson Gustavo TorresAmauri Feres SaadJose Eduardo de Oliveira E Silva Mauro Cesar Barbosa Cid

4. Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas.

Integrantes:

Alexandre Ramagem,então chefe da AbinAugusto Heleno,então ministro do GSIMarcelo Câmara,coronel da reserva e então assessor de BolsonaroMauro Cid,tenente-coronel do Exército e então ajudante de ordens d e Bolsonaro

5. Núcleo de Inteligência Paralela.

Integrantes:

Sergio Ricardo Cavaliere de MedeirosBernardo Romão Correa NetoHélio Ferreira LimaRafael Martins De OliveiraAlex de Araújo Rodrigues Cleverson Ney Magalhães

6. Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos.

Integrantes:

Walter Souza Braga NettoAlmir Garnier SantosMario FernandesEstevam Theophilo Gaspar de OliveiraLaércio VergílioPaulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Veja quem são os indiciados pela Polícia Federal

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Jair Messias Bolsonaro,ex-presidente da Repúblic — Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

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Alexandre Rodrigues Ramagem,policial federal,ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

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Angelo Martins Denicoli,ex-diretor no Ministério da Saúde e ex-assessor na Petrobras — Foto: Reprodução

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José Eduardo de Oliveira e Silva,padre — Foto: Reprodução

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Almir Garnier Santos,ex-comandante da Marinha do Brasil — Foto: Reprodução

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Ailton Gonçalves Barros,ex-militar e advogado — Foto: Reprodução

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Alexandre Castilho Bitencourt da Silva — Foto: Reprodução

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Amauri Feres Saad,advogado — Foto: Reprodução

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Anderson Gustavo Torres,ex-ministro da Justiça e Segurança Pública — Foto: Reprodução

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Augusto Heleno Ribeiro Pereira,ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência — Foto: Agência Brasil

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Bernardo Romão Corrêa Netto — Foto: Reprodução

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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha,Dono do Instituto Voto Legal (IVL) — Foto: Reprodução

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Cleverson Ney Magalhães,militar — Foto: Reprodução

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Filipe Garcia Martins Pereira,ex-assessor de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Guilherme Marques Almeida,ex-chefe da seção de Operações Psicológicas no Comando de Operações Terrestres — Foto: Divulgação

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Laércio Vergílio — Foto: Reprodução

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Marcelo Costa Câmara,ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Fernando Cerimedo,influencer dono do canal La Derecha Diario — Foto: Reprodução

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General Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira — Foto: Divulgação/Exército

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General Mario Fernandes — Foto: Reprodução/Youtube

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Mauro Cesar Barbosa Cid,ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

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Nilton Diniz Rodrigues,comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva — Foto: Reprodução

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Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho,empresário,neto de João Baptista Figueiredo,último presidente da ditadura — Foto: Reprodução

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Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira,ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército — Foto: Agencia Brasil

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Rafael Martins de Oliveira,tenente-coronel do Exército — Foto: Reprodução

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Tércio Arnaud Tomaz,ex-assessor especial de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Valdemar Costa Neto,presidente do PL (partido de Bolsonaro) — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

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Walter Souza Braga Netto,ex-ministro da Casa Civil e da Defesa — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo / Arquivo

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Wladimir Matos Soares,policial federal — Foto: Reprodução

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Fabrício Moreira de Bastos,ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro e do 52° Batalhão de Infantaria de Selva do Exército,em Marabá (PA) — Foto: Reprodução

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Publicidade PF reuniu indícios que conectam o ex-presidente Bolsonaro às articulações com teor golpista de impedir a posse do presidente Lula

Sigilo retirado

O ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal (STF),mandou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da Polícia Federal do inquérito que apura a trama golpista para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que indiciou 37 pessoas,entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão também retira o sigilo do documento.

O envio à Procuradoria ocorre após o ministro do Supremo,que é o relator da investigação,analisar o documento com mais de 800 páginas. Com o encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF),o procurador-geral da República,Paulo Gonet,passa a analisar o material para elaborar a sua manifestação sobre uma eventual denúncia contra os investigados,arquivamento do caso ou pedido de novas diligências.

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Se a PGR optar por seguir em frente com a acusação,o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes,relator do processo no Supremo. Auxiliares da Procuradoria avaliam que é possível que a denúncia apresentada seja conjunta contra o ex-presidente – envolvendo também outras investigações em curso,como a das joias sauditas e da fraude no cartão de vacina.

A expectativa é que,assim que a denúncia chegar à Corte,Moraes leve o recebimento da acusação para o julgamento da Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido por Zanin e além de Moraes é integrado pelos ministros Cármen Lúcia,Flávio Dino e Luiz Fux. Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula em seu terceiro mandato.

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Caso os ministros decidam pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR,Bolsonaro e os demais indiciados viram réus. A partir daí,iniciaram o andamento do processo. Nesse estágio,tanto Bolsonaro quanto os demais réus poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas.

Bolsonaro e outras 36 pessoas,a maioria militares,foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado,tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Segundo investigação da PF,o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes no final de 2022.

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O documento com o planejamento dos assassinatos,batizado de "Punhal verde amarelo",foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência,general Mário Fernandes,que foi preso e indiciado. A investigação aponta que,em 16 de dezembro de 2023,o militar fez seis cópias do arquivo,o que,para os investigadores,indica que seriam distribuídas em uma reunião.

A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam". Na primeira manifestação após o indiciamento,Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas,ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país,mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição”

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