Índia lança satélites para missão Proba-3 — Foto: Reprodução
GERADO EM: 05/12/2024 - 10:00
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A Índia lançou com sucesso no espaço nesta quinta-feira um par de satélites europeus que criarão eclipses solares artificiais para ajudar os cientistas a ter um raro vislumbre da misteriosa atmosfera do Sol. Nova Délhi surgiu como uma opção confiável e de baixo custo para colocar espaçonaves comerciais e satélites de outros países em órbita. Por quê?
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Especialistas dizem que Nova Délhi pode manter os custos baixos copiando e adaptando a tecnologia existente,e graças a uma abundância de engenheiros altamente qualificados que ganham uma fração dos salários de seus colegas estrangeiros.
O país mais populoso do mundo turbinou suas ambições espaciais na última década com seu programa espacial crescendo consideravelmente em tamanho e impulso,igualando as conquistas de potências estabelecidas a um preço muito mais barato.
Em agosto de 2023,tornou-se apenas a quarta nação a pousar uma nave não tripulada na Lua,depois da Rússia,Estados Unidos e China. O primeiro-ministro indiano,Narendra Modi,também anunciou planos no ano passado para enviar um homem à Lua até 2040.
Nesta quinta,por exemplo,cientistas irromperam em aplausos entusiasmados no local de lançamento de Sriharikota quando o chefe da Organização de Pesquisa Espacial Indiana (Isro) anunciou que a nave espacial com satélites europeus havia sido ejetada conforme planejado.
— A nave espacial foi colocada na órbita correta — disse o chefe da Isro,S. Somanath.
O lançamento,originalmente programado para quarta-feira,mas atrasado por uma falha técnica,foi para a missão "Projeto para Autonomia a Bordo 3" (Proba-3) da Agência Espacial Europeia,parte de uma série de "missões em órbita para testar novas tecnologias".
A missão,a um custo de 200 milhões de euros,cria eclipses solares totais artificiais posicionando dois satélites a 150 metros de distância um do outro.
A sombra projetada por um satélite permite que o outro observe fenômenos solares enquanto bloqueia a luz do próprio Sol.
"Por seis horas seguidas,ele será capaz de ver a tênue atmosfera do Sol,a coroa,na região difícil de observar entre a borda do Sol e 1,4 milhão de quilômetros de sua superfície",disse a Agência Espacial Europeia em uma análise de pré-lançamento.
O projeto ajudará os cientistas a responder perguntas importantes,incluindo por que a coroa é muito mais quente do que o próprio Sol e como a produção de energia do Sol muda ao longo do tempo.