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Milhares marcham em Lisboa contra abordagem violenta de policiais com imigrantes

2025-01-12     IDOPRESS

Milhares marcham em Lisboa contra abordagem violenta de policiais com imigrantes — Foto: Reprodução

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GERADO EM: 11/01/2025 - 21:08

Protesto em Lisboa: Imigrantes exigem direitos iguais

Milhares protestam em Lisboa contra abuso policial a imigrantes,exigindo direitos iguais. Chega,partido anti-imigração,realiza contraprotesto. Imigrantes pedem agilidade na regularização e respeito. Chega,com discurso xenofóbico,cresce politicamente em Portugal.

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Milhares de manifestantes marcharam neste sábado por Lisboa contra o racismo e a xenofobia em Portugal — e para exigir direitos iguais para os imigrantes. A passeata,cujo lema era “Não nos encoste na parede”,ocorreu após a polícia ordenar,em 19 de dezembro,que dezenas de imigrantes se encostassem na parede de edifícios para serem revistados.

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— O que rejeitamos são retóricas divisivas e artificiais que servem apenas para o governo tirar o foco daquilo que é importante,que é resolver os problemas dos portugueses — disse a deputada e líder parlamentar do PS,Alexandra Leitão.

Morador de Portugal há mais de uma década,Om Gharti disse ao Jornal de Notícias ver com preocupação o aumento de comportamentos discriminatórios e racistas contra imigrantes nos últimos tempos. Ele foi um entre centenas de migrantes que participaram da marcha,que também defendia todos que procuram uma vida melhor no país.

— Nós só queremos trabalhar,pagar a segurança social e ter direitos iguais para termos uma vida digna em Portugal,sejamos asiáticos,cabo-verdianos ou guianenses — afirmou o nepalês de 34 anos.

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Trabalhador do atendimento da Solidariedade Imigrante,uma das associações organizadoras do protesto,Om disse ouvir diariamente relatos de imigrantes que têm ajuda negada pelo simples fato de não falarem português. Ele também contestou as dificuldades nos processos de regularização — barreiras que fizeram o nepalês Umesh Kumar khadka ir às ruas.

— Há quem submeta os documentos para a autorização de residência e espere mais de oito,nove meses. Nós queremos ter os nossos documentos legais o mais rápido possível — disse ele,que é presidente da Associação de Nepaleses Residentes em Portugal,à imprensa portuguesa.

O anúncio da manifestação a favor dos imigrantes,que organizadores estimam ter atraído 15 mil pessoas,motivou a organização pelo Chega,partido português anti-imigração,de outro protesto — desta vez,porém,em apoio à Polícia de Segurança Pública. Denominada “Pela autoridade e contra a impunidade”,a concentração ocorreu a poucos metros de distância da passeata contra a xenofobia.

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André Ventura,presidente do Chega,considerou “ilegítima” a manifestação “Não nos encostem na parede”. O político disse tratar-se de uma reunião “contra as polícias,contra os juízes,contra os magistrados que ordenaram a ação que decorreu no Martim Moniz [quando os imigrantes foram encostados na parede]”.

— O primeiro-ministro [Luís Montenegro] devia ter tido a coragem,aliás,até podia estar aqui [na vigília] hoje,podia ter tido a coragem de dizer ‘quando se começa ao lado das forças de segurança,vai-se até ao fim’. Porque o que os portugueses precisam hoje é de políticos que vão até ao fim,que não tenham medo,que não cedam à pressão — afirmou.

Pautado em um forte discurso anti-imigração e com falas xenofóbicas recorrentes,o Chega é hoje a terceira força política de Portugal. Em março,o partido radical conseguiu quadruplicar sua bancada na Assembleia Nacional portuguesa,no maior avanço da extrema direita no país na História recente. A sigla passou de 12 para 48 deputados,conquistando 18% dos votos.

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