À esquerda,o policial civil Raphael Ferreira Gedeão e o empresário e assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva — Foto: Reprodução
GERADO EM: 20/01/2025 - 21:16
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O investigador da Polícia Civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão,que completou 43 anos nesta terça-feira,já recebeu uma "moção de aplausos" por sua atuação na Delegacia de Homicídios,onde ajudou a elucidar um caso. Ele foi um dos 18 policiais civis agraciados com a honraria concedida pela Câmara de Vereadores de Niterói,em 2018,por iniciativa do então vereador Sandro Araújo. Gedeão agora é acusado de ter atirado no empresário e assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva,em frente ao hotel e apart-hotel Wyndham Rio Barra,na Barra da Tijuca,no domingo (19/01).
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A homenagem aos integrantes da especializada ocorreu em reconhecimento à rapidez e ao profissionalismo demonstrados durante as investigações do latrocínio contra o policial federal Luiz Carlos Dias. Segundo uma notícia publicada no site do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro,o então parlamentar Sandro Araújo,que também é agente da PF,parabenizou os policiais pelo combate ao crime.
Homem é morto em frente a hotel na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução
Segundo testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC),Gedeão parou o carro,uma picape Nissan Frontier prata,bloqueando o acesso ao estacionamento ao lado do Wyndham. Um funcionário da empresa responsável pela garagem informou que a cancela não se abriu porque o carro do policial não estava cadastrado como veículo de morador. A testemunha declarou que o policial ignorou as orientações e entrou no hotel,deixando o veículo obstruindo a passagem.
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De acordo com o funcionário do estacionamento,três minutos depois,Marcelo chegou em um Sportage,mas foi impedido de entrar na garagem devido ao bloqueio causado pelo carro de Gedeão. A testemunha relatou à polícia que o empresário começou a buzinar e chegou a gritar: "Ele está tirando o meu direito de ir e vir! Que cara abusado!". Cerca de 10 minutos depois,Gedeão retornou com dois cães,que colocou no carro. Conforme o relato do funcionário,registrado pelas câmeras de segurança,Marcelo saiu do carro e foi em direção ao policial civil. Os dois discutiram,e Gedeão atirou no empresário. Em seguida,o acusado fugiu,inclusive danificando a cancela.
A entrada do hotel da Barra onde o empresário foi morto — Foto: Reprodução
Na segunda-feira (20/01),a pedido dos investigadores da DHC e do Ministério Público do Rio (MPRJ),o plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio decretou a prisão temporária do policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão,apontado como autor dos disparos contra Marcelo Abitan. Na tarde do mesmo dia,foi realizado o enterro da vítima,conhecida como "Marcelo dos Brinquedos",no Cemitério Jardim da Saudade,em Sulacap,Zona Oeste do Rio. Marcelo também era assessor da vereadora Vera Lins (PP),que lamentou publicamente a morte do colega de trabalho.
A família do empresário,por meio de seu advogado Paulo Klein,demonstrou temor por sua segurança. Já Saulo Carvalho,advogado do policial civil,informou que seu cliente está disposto a colaborar com a Justiça,acrescentando que Gedeão teria agido em legítima defesa.