Colman Domingo em cena no longa 'Sing Sing'. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor ator principal — Foto: Divulgação/Diamond Films
GERADO EM: 12/02/2025 - 14:57
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Com o ótimo “Do outro lado da fronteira” (2016),o americano Greg Kwedar demonstrou capacidade ímpar de transformar histórias intimistas em imagens — e também provou ser exímio diretor de atores,uma seara em que quase sempre menos é mais. Em “Sing Sing”,ele confirma o talento com um filme inspirado em fatos que mostra a arte como poderosa arma de transformação. Apesar de já explorado,o tema recebe um tratamento original,sentimental,sem ser piegas.
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A narrativa se concentra em Divine G (Colman Domingo,merecidamente indicado ao Oscar),preso por um crime que não cometeu e encontrando motivação num grupo de teatro ao lado de outros homens encarcerados. Ele também desenvolve uma bela amizade com Clarence “Divine Eye” Maclin,outro presidiário.
O roteiro,que recebeu justa indicação ao Oscar,tem como argamassa a Rehabilitation Through the Arts (reabilitação através das artes),organização fundada em 1996 na prisão Sing Sing,em Nova York,que oferece workshops de teatro,música,dança,artes visuais,escrita e poesia.
Desse material sensível,o diretor extrai poesia e reflexão sobre a importância de se dar uma segunda chance,o papel da ressocialização,e sobre resiliência e redenção. Kwedar consegue isso usando,como atores,ex-presidiários de fato,além,principalmente,de Colman Domingo,que recebeu a segunda indicação seguida ao Oscar. “Sing Sing” ainda concorre a melhor canção original. As três indicações demonstram a atual força do cinema independente em Hollywood.
Bonequinho aplaude.