Presidente Lula com Ministra da Saúde,Nísia Trindade — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo.
GERADO EM: 24/02/2025 - 19:47
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O Palácio do Planalto confirmou na noite desta segunda-feira uma solenidade marcada para esta terça com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde,Nísia Trindade,cujo cargo está ameaçado pela iminente reforma ministerial.
Pela manhã,ambos vão anunciar um acordo para a produção de vacinas,medicamentos e outros insumos. Segundo o governo,o pacto é resultado de parcerias público-privadas.
Nos último dias,Nísia buscou auxílio do chefe da Casa Civil,Rui Costa,e da presidente do PT,Gleisi Hoffmann,para permancer no posto.
Na berlinda e com saída dada como certa por integrantes do primeiro escalão do governo,Nísia teve a ajuda dos dois petistas,próximos de Lula,que nas últimas semanas bolaram uma operação para tentar salvá-la.
Conforme apurou O GLOBO,Costa e Gleisi chegaram a planejar,junto a Nísia,uma apresentação da versão final do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE) ao presidente.
A política é uma aposta pessoal de Lula,que vê potencial para uma nova vitrine do governo na Saúde,mas os resultados apresentados pela ministra não o convenceram até agora.
A insatisfação de Lula com a condução da política é um dos principais pontos que pesam para a substituição na Saúde. O presidente é pressionado pela queda na popularidade do governo revelada por pesquisas nas últimas semanas.
Junto com a crise do Pix,a avaliação entre auxiliares do petista é de que os maus números dos últimos levantamentos de opinião fizeram Lula "acordar" e iniciar as mudanças que já eram discutidas desde o ano passado.
Lula deve iniciar as trocas na equipe ministerial com a substituição de Nísia pelo ministro de Relações Institucionais,Alexandre Padilha (PT).
No entorno de Rui Costa,há quem avalie negativamente a ida de Padilha para a Saúde por fortalecer o ministro da Fazenda,Fernando Haddad,com quem trava embates desde o início da atual gestão. Segundo aliados,ele prefere que Nísia seja mantida na Saúde.
Já Gleisi Hoffmann,que pode assumir a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo,é de uma ala antagônica à de Padilha dentro do PT,e,de acordo com interlocutores,tem preferência pela atual ministra ou pelo colega da mesma corrente da sigla,o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e ex-ministro da Saúde,Arthur Chioro.