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É preciso haver ação local para evitar a tragédia global

2025-06-23     IDOPRESS

Estações de esqui na Europa podem desaparecer com mudanças climáticas — Foto: Fabrice Coffrini /AFP

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GERADO EM: 20/06/2025 - 21:13

COP30 em Belém: Ação Climática Local e Inclusão de Líderes Regionais

A COP30,em Belém,busca transformar compromissos climáticos em ação real,destacando a importância das cidades e regiões. A crise climática exige cooperação além de negociações formais,com ações locais que já mostram resultados eficazes,como em Acra e Barcelona. A inclusão de líderes locais é crucial para uma transição justa e eficaz,mas requer financiamento adequado e uma mudança cultural para integrar subnacionais nas decisões globais.

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A COP30,em novembro,marcará uma década desde a assinatura do Acordo de Paris por 196 países em resposta à crise climática. Apesar de avanços importantes,a lacuna entre os compromissos assumidos e sua efetiva implementação continua grande. Políticas isolacionistas,crises econômicas e instabilidade geopolítica estão minando os resultados do acordo — para alguns,de forma irreversível.

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A cooperação é o único caminho possível. Há cada vez mais uma lógica de poder e geopolítica individualista que não oferece resposta à crise climática: apenas negação e atraso. É essencial que a COP30,inicie a era da implementação — sem disputas sobre novas cláusulas,e sim ações imediatas baseadas no que já foi acordado.

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Cidades e regiões devem figurar no centro da estratégia. Por quê? Porque para elas a mudança climática não é uma ameaça distante,mas uma realidade cotidiana que já afeta a vida,a saúde e os meios de subsistência dos seus moradores. Na linha de frente da crise climática,líderes locais agem não apenas por ambição,mas por necessidade.

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Os resultados falam por si. Na C40 Cities — uma rede de quase cem das principais cidades do mundo na liderança climática —,75% das cidades membros reduzem suas emissões per capita mais rapidamente que seus países.

Os governos locais devem ser incluídos,pois entendem que políticas climáticas precisam também garantir justiça social e econômica. Medidas mal desenhadas e regressivas inevitavelmente provocam resistência,aprofundam desigualdades e alimentam a desinformação.

As cidades e regiões já provam que uma transição justa é possível com ações diretas nas necessidades locais. Em Acra,capital de Gana,os esforços para melhorar a qualidade do ar são dirigidos a bairros de baixa renda mais afetados pela poluição. Em Barcelona,na Espanha,os abrigos climáticos priorizam grupos vulneráveis,oferecendo refúgio contra o calor extremo em escolas e prédios públicos.

A visão do Acordo de Paris sempre reconheceu o papel essencial dos atores subnacionais atuando lado a lado com os governos nacionais. Cidades e regiões podem,e querem,fazer mais. Mas muitas vezes são impedidas — política e financeiramente. A COP30 é o momento de mudar isso: pôr a liderança subnacional no centro da governança climática e marcar o início de uma nova era de multilateralismo.

Precisamos que as COPs sejam espaços de entrega,e não apenas discurso. A Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição para Ação Climática (CHAMP),lançada na COP28,conta com 75 países comprometidos com integração de cidades,regiões e outros atores subnacionais na tomada de decisões. Trata-se da associação global mais forte para a colaboração em múltiplos níveis. Na COP30,os países da CHAMP devem levar delegações inclusivas que reflitam o compromisso de colocar líderes locais na mesa de negociação; devem também demonstrar como a coordenação entre os níveis de governo transforma promessas em resultados concretos; e compartilhar lições aprendidas e exemplos que outros possam seguir.

O financiamento climático é um dos maiores desafios. Hoje,muito pouco chega às cidades e regiões — apesar de ser justamente onde grande parte da implementação acontece. Para mudar isso,os bancos de desenvolvimento devem estabelecer programas dedicados a apoiar planos climáticos locais.

É hora de uma mudança cultural que traga as cidades e regiões plenamente para dentro do jogo. A luta contra a crise climática não será vencida apenas nas salas de negociação,mas também nas ruas,bairros e comunidades onde a mudança está em curso. Cidades e regiões não são apenas locais onde os compromissos globais são executados — também impulsionam maior ambição na ponta,onde estão as pessoas. Mas só poderão desempenhar esse papel se forem devidamente fortalecidas com voz ativa nas decisões,papel na responsabilização e acesso a financiamento.

*Mark Watts é diretor executivo da C40 Cities,Laurence Tubiana é CEO da Fundação Europeia do Clima e enviada especial para a Europa na COP30

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