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Seminário especial 'Caminhos do Brasil' discute turismo no país, que bateu recorde de visitantes em 2025

2025-12-02     HaiPress

“Turistômetro” em Brasília anuncia o número de visitantes do exterior no país em 2025: melhor marca desde 1974,quando os dados passaram a ser contabilizados — Foto: Renato Vaz/Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 01/12/2025 - 22:29

Brasil bate recorde de 8 milhões de turistas estrangeiros em 2025

O seminário "Caminhos do Brasil-Turismo" destacou o recorde de 8 milhões de visitantes estrangeiros no Brasil em 2025,superando metas do Plano Nacional de Turismo. O evento,promovido por O GLOBO,Valor e CBN,discutiu desafios e oportunidades do setor,como infraestrutura e segurança pública. Autoridades enfatizaram o potencial turístico do país e a importância do turismo na economia,apesar dos desafios estruturais.

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O recorde de 8 milhões de turistas internacionais no Brasil,registrado de janeiro a novembro deste ano,evidencia o potencial do país em desenvolver a atividade a despeito de gargalos estruturais como infraestrutura,qualificação de mão de obra e segurança pública. As oportunidades e os desafios do setor estiveram no centro do debate entre autoridades e representantes do mercado que participaram do evento “Caminhos do Brasil-Turismo”,uma iniciativa dos jornais O GLOBO e Valor e da rádio CBN,realizado na semana passada,no Rio.

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O seminário coincidiu com a semana em que o Ministério do Turismo e a Embratur divulgaram que o país recebeu 8 milhões de visitantes estrangeiros nos 11 primeiros meses do ano. Os números representam o melhor ano do setor desde que os dados começaram a ser contabilizados,em 1974. Em 2024,por exemplo,haviam sido computados 6,7 milhões de turistas do exterior.

Com o resultado,o Brasil já superou a meta anual de 7,7 milhões estabelecida pelo Plano Nacional de Turismo 2024-2027. Em um cenário mais promissor,o documento do governo federal fala em 10 milhões de estrangeiros até o fim do período.

Encontro promovido por O GLOBO,Valor e Rádio CBN debateu o turismo com várias autoridades — Foto: Fabiano Rocha

Dados festejados

A secretária-executiva do Ministério do Turismo,Ana Carla Lopes; a presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav),Ana Carolina Dias; e o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação e diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC),Alexandre Sampaio,comemoraram os números no debate mediado pelas jornalistas Alessandra Saraiva,do Valor,e Glauce Cavalcanti,do GLOBO.

Para Ana Carolina Dias,da Abav,a influência positiva do setor sobre a economia foi perceptível após a pandemia de Covid-19:

— A gente estava engatado naqueles 6 milhões (de turistas internacionais) há anos. Depois do que nós passamos,as pessoas viram que o turismo deu um resultado rápido economicamente. O turismo dá rentabilidade,gera resultados e empregabilidade.

Na avaliação dos participantes,o interesse pelo patrimônio histórico e cultural das cidades do país tem crescido nos últimos anos. A presidente do conselho da Abav destacou o potencial do país a partir da diversidade natural de paisagens como a Amazônia,os Lençóis Maranhenses e o Pantanal.

— A gente está tão acostumado com o potencial do Brasil que,muitas vezes,não dá valor. O Brasil tem potencial muito grande,e é essa experiência que as pessoas estão buscando — frisou Dias.

Os debatedores também ressaltaram marcos importantes para o reconhecimento da atividade em âmbito internacional. O mais recente foi a citação do turismo como ferramenta de combate às desigualdades na declaração do G20,divulgada na cúpula de Joanesburgo,na África do Sul. Foi a primeira vez que o tema surgiu em um texto final do fórum de potências econômicas.

— É um ganho fenomenal que fica não só para os países que fazem parte do bloco,mas para o mundo — destacou Ana Carla Lopes,do Ministério do Turismo.

Já Alexandre Sampaio,diretor da CNC,lembrou a escolha do Rio como sede do primeiro escritório regional da ONU Turismo nas Américas:

— É uma ratificação da importância do destino para toda a América do Sul.

Infraestrutura

Apesar do tom otimista,os participantes admitiram que o país precisa superar problemas crônicos para desenvolver novos destinos e ampliar a participação do setor na economia brasileira. O turismo e as demais atividades relacionadas ao setor representam em torno de 8% do Produto Interno Bruto (PIB),segundo dados do Ministério do Turismo e do IBGE.

A secretária-executiva do Ministério do Turismo afirmou que a pasta atua em conjunto com os ministérios de Portos e Aeroportos e dos Transportes para realizar obras de asfaltamento,pavimentação e construção de pontes:

— Eu quero chegar nos dois dígitos de PIB,mas eu quero que chegue de maneira responsável. E para isso a gente precisa,sim,investir em infraestrutura.

Sampaio,da CNC,defendeu a inclusão do turismo no programa de governo dos candidatos às eleições nacionais e estaduais do ano que vem para que o setor tenha cada vez mais importância e seja reconhecido como uma atividade econômica fundamental para a economia do Brasil.

— O Brasil precisa de diálogo. Precisa de segurança jurídica. Precisa de políticas públicas construídas com base na escuta ativa da sociedade e dos setores produtivos — disse José Roberto Tadros,presidente da CNC,em discurso recente no Senado.

Os participantes do seminário relativizaram o impacto da violência sobre a atividade. Após uma megaoperação no Complexo do Alemão deixar 122 mortos no fim de outubro e repercutir na imprensa internacional,o setor havia ressaltado os efeitos negativos para a imagem do estado às vésperas da alta temporada.

Ana Carolina Dias,pontuou que a segurança pública prejudica a prospecção do Brasil como destino para os estrangeiros. A violência,diz,também afasta os próprios brasileiros do estado do Rio.

— A insegurança existe no mundo todo,mas o que assusta no Brasil não é o assalto de roubar carteira,e sim a criminalidade de uma forma mais agressiva — argumentou.

Ainda assim,Sampaio,ponderou que a violência não é um limitador para a atração de turistas:

— A gente tem outros problemas que talvez mereçam mais atenção. Se a gente desenvolver e ressaltar as nossas vantagens comparativas,nós superamos esse processo.

O projeto “Caminhos do Brasil” é uma iniciativa dos jornais O GLOBO e Valor e da Rádio CBN,com patrocínio do Sistema Comércio,através da CNC,do Sesc,do Senac e de suas federações. (*Do Valor)

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